terça-feira, 7 de julho de 2009


Paz e Arte

De quê se alimenta a poesia?
Do desequilibrio?
Dos sentimentos?
Do amor, rancor...
Ou qualquer outro sofrimento?
E na paz?
Se cria?

O vulcão explode
Jorra a criatividade
Mas é só na instabilidade?
E nas pausas de calmaria?

O que se faz?

Talvez a paz também carregue versos...
Menos interessantes?
Talvez...
Talvez apenas... modernos,
Ou seriam modestos?

A paz é envolvente
Como um mar sutil e raso
Como um cobertor macio e quente

Serena e tranquila
É um céu cor de rosa da alvorada
É o toque suave da brisa
É uma criança que brinca sentada
É a mais longa sensação de alegria.

É... na paz, também se cria...
Uma arte arcadista
Menos envolvente
Que o poeta eloquente
Mas ainda assim é realista
É fiel à alma momentânea
Do artista.

(Carolina Dantas)

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