quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Será que é a angústia
que nos faz nos render?
Será que é essa angustia,
que nos faz nos perder?

Perder para ganhar,
Ganhar para perder,
Um novo homem,
a mesma mulher,
um novo ser.

Nessa era, essa Eva
trouxe a dualidade,
e desde então,
existe a vida, morte
Sorte e a realidade.
E o medo de morrer.
E a sede de viver.

A morte e a sede vivem lado a lado,
E para não morrer aos beijos,
ao viver, vem o medo
dos meus, dos seus, dos nossos erros.

Mas a dualidade, na verdade,
me faz crer,
que nem tudo é ruim nesse mundo.
Nada é só bom, só ruim nesse ser.
50-50!
Assim simples, justo e eficaz!

E isso, me mostra que tudo tem seu lugar:
Meu medo, meu desejo, o seu olhar.
E os erros...
seus, meus, e de tudo o mundo!

Mas a minha natureza, não braveja.
E nem bebe água ou cerveja.
Mas Eu escolho o lado bom, pra viver.
Ou pra não viver, em cima do muro.

E com o meu otimismo, confirmo até,
que a angústia que taí, com certeza não é
o meu fim, o seu fim, o fim do mundo!

Ela tem o seu porquê.
Um controle, artificial, natural ou de glassê:
das mudanças, da mesmisse,
do alegre e da chatice.
Da humanidade,
Da insanidade,
Na realidade...,
sua, minha e de todo mundo!

(Carolina Dantas)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Paquerar, flertar, jogos de sedução.
Algo que se torna banal
Com o passar dos anos: habitual.

Engraçado e envolvente.
Interessante, eloquente,
ou totalmente estúpido.
São as formas da conquista...
Cada um com suas armas,
suas táticas...
Seus artistas.

Programadamente ensaiadas.
Ou inconcientemente pensadas.
Com ou sem medo.
Por tentativa e erro.

Com o passar dos anos...

O mercado de trabalho noite.
Do dia e da madrugada.
O chat namoro, a boite.
A praia, o Iate.
E a moçada...

E assim vai e assim vem.
Gerações a fio, no mesmo
Vai e Vem. Vai e Vem.

E todos criticam mais cedo
ou mais tarde.
E dizem que dessa vida,
nada vale.
Mas mais cedo ou mais tarde,
todos retornam ao 'chat'.

Desenterram suas guerras internas.
E recomeçam a busca,
a diversão,
a vida fora da televisão.

E no Vai e Vem, todos vão.
No vai e vem. Vem e vão.
Em vão ou não.
Todos jogam,
o jogo da sedução!

E porque não?

(Carolina Dantas)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Frases...

" até as rochas do vale tinham ancestrais rochosos, um bilhão de bilhões de anos atrás, não deixaram nenhum uivo de queixume- Nem as abelhas, ou os primeiros ouriços do mar, ou a amêijoa, ou a pata cortada- Tudo a visão É-A-Vida do mundo, bem diante do meu nariz enquanto eu olho..."

(Jack Kerouac- Big Sur 1962)

Hehe. Obrigada...
Um elogio... Um reloginho.
Um elogio, um reloginho...
Um reloginho, um elogio...
Um elogio, dois elogios... Um reloginho...
Um reloginho, um reloginho, um reloginho... e
BUM!
Esplodiu-se o Ego!

(Carolina Dantas)

Já ouviu isso mãe?
Não era da sua época...
"Ei, psiu, sua calcinha ta aparecendo.
Calcinha é pano, besta quem ta olhando.
Ah é? E PuTa, quem ta mostrando!

Coisas de criança...
Manual do 'fora'.
A moda é essa agora:
Quem não sabe dar fora...
Decora!

(Carolina Dantas)

No caminho do meio...

Uma vez me disseram: "Tudo é equilíbrio, nessa vida.". Sempre achei que compreendia esses termos; mas a cada dia me convenço que só se compreende vivendo. E como é difícil seguir esse 'tal' caminho do meio. Talvez poque 'tal' caminho de fato, não exista de concreto. É como a força tensional da água, aquele milimetro de água e ar que separa esses dois universos. Seguir pelo caminho do meio é caminhar entre a água e o óleo, entre o céu e a terra, entre a cruz e a espada... Angustiado? É a mesma sensação que se desperta com aquele ditado popular: "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". A primeira revelia é não fazer absolutamente nada "Deixo a vida me levar..." mas como diz o ditado se ficar o bicho come. E come mesmo... Sorte que sempre podemos recomeçar...
E o que existe entre a água e o óleo? Só o tempo. O tempo que se passa em cada um deles. A energia temporal que se emana a cada um deles, que deve ser proporcionalmente distribuída como o prisma que organiza o seu espectro em cores. Ou como um prédio que se equilibra em alguns pilares.
Aprender a tornar a vida graciosamente e 'equilibradamente' colorida, incluindo o preto e o branco: Esse é o caminho do meio! É o equilíbrio temporal. Tempo para pensar, falar, agir, sonhar, sentir e viver o óleo..., e a agua, e a cruz e a espada.... tudo!
Cada um tem o seu prisma e o seu quadro. Dominar tal técnica é onde se faz a arte. Tal arte pode ser simples, mas não é facil. Conquistá-la garante o dominio sobre a graça da vida, e do viver. Imagino eu...

(Carolina Dantas)

sábado, 24 de outubro de 2009

Lembrança......

É tão bom quando alguém se lembra dagente...

Assim tão logo, ou não mais que derrepente.

É uma dose de bem-estar,

que se instala em poucos segundos.

E seu reflexo é o sorriso.

Os dentes se mostram, singelos...

E em sincronia.

Nada separa, essa harmonia.

Nem a saudade.

Nem a distância.

Nem a melancolia.

Naquele momento, sim! Pensei em você.

A associação inundou o meu cerebro.

Meditei em você... por segundos...,

Meu mundo era só você!

E eu era o seu mundo.

(Como uma lacuna no tempo)

A tranquilidade e a paz, giram...

E eu só quero o seu bem querer.

Como é bom esse sentimento.

Um presente! No meu viver.

Nada de mais, nada de muito.

Só uma 'lembrancinha'.

Mas que marca, mas que atinge.

E que desperta essa criancinha:

Boba, ingênua e feliz.

Obrigado meu querido,

Por se lembrar de mim!

Afinal o que seria dagente,

Sem esses breves presentes.

Sem as boas lembranças.

São toques de magia,

que tornam a vida...

Mais bonita,

Menos fria,

Mais vibrante!

(Carolina Dantas)

Uma pequena constatação...

Um coração atingido,
pelo orgulho e pelo fim,
é um coração partido,
sobre pétalas de jasmim.
Um coração ferido,
é um coração atingido,
por uma lança de marfim.
Que se lança pelo jasmim
e parte um coração assim...
Restando orgulho, e dor.
E fim.

(Carolina Dantas)



Mais uma salva à São Paulo...





Como esse lugar mecheu comigo...

Sim, mecheu.

E o que me meche não demora

e tão logo, e agora

se escreveu:

Terra da garoa fina,

que suspira as suas tristezas.

Suas riquezas...

Em você, tudo se passa mais depressa:

O tempo,

Os momentos,

O amor?

Tudo tenso, tudo intenso

Nada mais te espera.

O seu clima evoca a pressa, atenção.

Seus filhos, adotivos ou não,

crescem depressa...

Nas idéias.

Na arte.

Na devoção.

A arte transparece, brota...

A cada esquina.

Cada estação.

Cada ilusão?

Por que será que me chamas?

Para crescer?

Para viver?

Para ao berço voltar, e amadurecer?

Sei que em ti, cinco anos são dez.

Que a solidão é seu pior viés.

Mas ainda assim, eu sei que és:

Produtiva.

Rica,

e colorida!

Seu cinza diurno tem suas brechas de cor.

Sua noite... Ah! Mais luz e mais amor.

E é por isso que entrarei em seus dominios.

Como prova de conquista, de coragem...

Ou apenas por uma mimada vontade...

Um desejo selvagem...

Não importa porquê!

Eu breve... a ti..


Eu vou!

(Carolina Dantas)





quinta-feira, 15 de outubro de 2009

À Cidade.

Salvador? Ah! Salvador.

Primeiro tive um choque,

ao retornar à sua sorte.

Percebi derrepente,

que era uma cidade envolvente...

De Sol 'que ilumina toda essa gente'.

Contudo, portanto, entretanto

Não por mais quanto,

eu insisto em dizer,

que não sei nem mais porquê.

É dificil de entender...

Que contudo eu morro

de vontade, curiosidade ou tesão

De te desbravar, te vencer.

Pela Av. São João,

Conhecer os anseios de teu viver.

São Paulo, minha graça,

Muito Prazer!

(Carolina Dantas)

terça-feira, 29 de setembro de 2009



Jazz. Você é o Jazz! "I'm in love with you And all that jazz You're my dream come true And all that jazz......." Intenso, impulsivo, envolvente, classy, sempre improvisando. Com você, nunca se sabe o que pode vir pela frente. Uma caixinha de surpresas, no melhor sentido possível. Você é complexo, altamente sensual e causa uma imensa dependência. Você não precisa nem de palavras, suas notas, melodia e harmonia, falam por você. Assim como John Coltrane, Miles Davis, Ella Fitzgerald, Charles Mingus, Billie Holiday......... Você é único e maravilhoso!


From Facebook

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Dedicatória:

Encontro Pupilar

E profundos se voltaram para mim
Num ar tão misterioso
Deixando-me tão curioso
Hipnotizado, entre o limite e o sem fim

Vieram ímpios em minha direção
Como evitá-los, impossível
Como não notá-los, improvável
E ímpios me deram tanta emoção

Mais uma vez os encontrei
Novamente sonhei
Naquele pequeno instante amei

É difícil se defender
Desta arma do teu ser
Nos teus olhos vou padecer


Anonimo por opção do autor.

domingo, 30 de agosto de 2009

...interessante é que quando estamos no alto da montanha assistimos a tudo ISSO com tranquilidade e clarividencia, por assim dizer, mas qnd estamos embaixo, só conseguimos ver como ISSO afeta a nossa vida, como ISSO aflige a nossa idéia romantica de amor e tudo desmorona...
Assim segue a vida... um jardim de fossas e piscinas.

(Carolina Dantas)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Especial de aniversário...

"O importante é olharmos para tras e sorrir, não como quem sorri com sinismo, mas sorrir porque só você sabe o quanto que você foi feliz...e olhar pra frente e continuar sorrindo, para que isso aconteça sempre e sempre..." (Cauê Lopes)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Tento, tento
Um dia ei de conseguir
Com estes olhos atentos
Oportunidades não vão de mim fugir
A lembrança dum beijo
O gozo dum curso finalizado
Viagens feitas, lugares explorados
Não vão de mim fugir
O choro e o riso dum palhaço invocado
O vai e vem da maré que só tem secado
O novo e o velho nunca antes acabado
Não vão de mim fugir
Eu que antes sonhava acordado
Mesmo sem por mim ser notado, acordei!
Para que então acordado, não para jamais de sonhar..
Percebi que sonhos a gente vive todo dia
Em nossa cotidiana nostalgia
Ou a gente vive e sonha
Ou se vê fugir toda forma de alegria.

(Cauê Lopes)

terça-feira, 28 de julho de 2009

"Um olhar de cada vez
Um pequeno passo de cada vez
Teremos um pouco de medo
Seremos um pouco tímidos
Evitaremos o olhar
Um pouco menos a cada dia
O gelo derreterá
Um pouco a cada dia
E chegaremos mais perto
Mais perto e mais perto

Um pouquinho de cada vez
Um bocadinho de cada vez
Riremos um pouco
Olharemos um para o outro
E passearemos um pouco
E alegremente chegaremos
Dia e noite chegaremos
Cada vez mais perto
Mais perto e mais perto

E aí um dia
Chegará a vez
Da noite de Natal
Do dia de verão
O momento em que
Ali e aí...Nos vamos nos tocar!

Então pularemos longe
De uma vez
Um milhão de sorrisos
De cada vez
Amaremos muito
E viveremos muito
E seremos muito generosos
E embora iremos
E todo dia chegaremos...
Um pouco mais perto
Mais perto e mais perto
E mais perto e mais perto...Sem parar!"

O pequeno principe e a rapousa(musica do filme)

"Nave Terra cheia de natureza

O Sol é convosco

Bendita sois vÓs entre os planetas

E bendito é o fruto devossa semente, vida.


Santa Terra, mãe dos humanos

Providenciai por vós, mortais

Agora e na hora de nossa sorte.Amém!"

(Rita Lee)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

"Se tudo for feito
Com amor e ingenuidade;
Se todos se amarem mutualmente;
Se a felicidade for
Uma eternidade;

Se a tristeza for
Mera passagem;
Se a amizade for
Sincera de verdade;
Se a vida for um
Dar acima de receber;

Então descobriremos que
Foi em cada um desses momentos
Que nosso coração
Bateu mais forte.
E que agimos
Pura e simplesmente
Como seres humanos. "

(Vera Costa)
"Rio, rio, rio
Rio pra não chorar
Pra quem não sabe sou Rio
A cantar

Sou do Flamengo
Sou ali em Botafogo
Sou da casquinha do ovo
E essas flores
Na Rocinha vou plantar
Quem olha minha barraca
No morro de Santa Marta
Quer morar

Se tenho fome
Como logo o Pão de Açúcar
Urro no topo da Urca
Se quero abraço
Tenho o Cristo pra abraçar
Tamborim pra ti tarol
Escolados pelo sol
Rio e morro de amar

Rio, rio, rio
Rio pra não chorar
Pra quem não sabe sou Rio
A cantar"

Composição: Carlinhos Brown

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dedicatória:

" minha flor da terra,
de beleza tranqüilao
tempo, pasmo, espera...
o vento, tonto, se faz brisa...

quando você passa...

não se tem mais melancolia
e tudo toma graça...
pássaros cantam noite e dia...

maquiada pelo sol tão conivente
que faz ardente a pureza do teu corpo
banhada ao mar que logo se poe sorridentee
reluzente te expõe como um tesouro

tua leveza cheia de tal se espalha
que todo fardo, é claro, há de sucumbir
a singeleza dos teus passos
um dia, juro, hei de seguir..."

por Luciano Carrasqueira...

sábado, 18 de julho de 2009

Alice

Ela é cravo
É canela
É um trago
De donzela.

Filha do rei Sol
Um estalo, Um start!
Das margens do Marajós
Ela brota, ela nasce!

E encanta...

Menina de ciranda
De samba, de bamba
Essa baiana
Desce, e gira e balança.
Ai meu Deus!
Quando ela dança...

É bela!
Muito bela!
E encanta...

Jeito de menina
Jeito de mulher
Seu lugar é o povo
É o novo
É com quem quizer.

No fim do arco-íris
O país das maravilhas
Sua casa, sua cama
Sua marra, sua manha.

Das entranhas digo,
e canto sua beleza
Sua pureza
Sua barganha.

Faço isso por tua manha
Teu cheiro, Teu jeito.
Pela amizade que cresce
E se reconhece.

Faço, para que não esqueças
Que és enxurada, avalanche.
Qué és bela, és pura
E és grande!

(Carolina Dantas)

terça-feira, 7 de julho de 2009


Paz e Arte

De quê se alimenta a poesia?
Do desequilibrio?
Dos sentimentos?
Do amor, rancor...
Ou qualquer outro sofrimento?
E na paz?
Se cria?

O vulcão explode
Jorra a criatividade
Mas é só na instabilidade?
E nas pausas de calmaria?

O que se faz?

Talvez a paz também carregue versos...
Menos interessantes?
Talvez...
Talvez apenas... modernos,
Ou seriam modestos?

A paz é envolvente
Como um mar sutil e raso
Como um cobertor macio e quente

Serena e tranquila
É um céu cor de rosa da alvorada
É o toque suave da brisa
É uma criança que brinca sentada
É a mais longa sensação de alegria.

É... na paz, também se cria...
Uma arte arcadista
Menos envolvente
Que o poeta eloquente
Mas ainda assim é realista
É fiel à alma momentânea
Do artista.

(Carolina Dantas)

O Médico

Quero que me dê uma mordida
Que venha e assopre minha ferida
Quero que lamba,
O meu vinho de sangue...
De outras vidas
De outros instantes,
De outros momentos delirantes.

Quero que cuide
Quero me cure
Que me conforte
Que me suporte!

Quero que limpe meu coração,
Que me tire da solidão
Do jeito que quiser
Sem mais “é ou não é”.

Quero que haja união.
União de espírito
De Alma,
De corpo...

Quero que me morda
Que me beije
Quero que me sacie
Essa falta de amor.

Quero que arranque nos dentes.
Essa crosta...
Que ainda sangra,
Que ainda embola as entranhas.

Quero que me cubra
Que me envolva
Que se envolva...
Quero que nos emaranhemos
Em novas situações,
Novas emoções.
Aquelas...
Que já conhecemos.

Quero que faça uma plástica nessa cicatriz...
Nessa marca que não me faz esquecer
Que não me permite amar ou viver
Ou mesmo crer... em você!

(Carolina Dantas)

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Frases...

"Acho que o que eu sentia não era amor não, era angustia... Sim esses sentimentos se confundem, os dois dão aquele aperto no peito..."
(Denise Neri)
Reflexões...

O que é o Paraíso?
“Qualquer balaco
Ilegal ou proibido”?
É viver o inatingível?
Ou encontrar a paz de espírito?

O que é o paraíso...?

É o fim da dor de quem sofre?
É o belo capim do Norte?
É um balde de ouro?
Ou aquele sofá de couro?

E o paraíso o que é?

É a luz no fim do túnel?
Ou só luz, e nada mais é?

Paraíso é o esturrecedor som da montanha
São as cores verdes da castanha
São as flores que brotam sem barganha
Sem medo e sem vergonha!

Paraíso pra mim é isso aqui!
Aqui, venha, sinta!
Tome, pegue-o e viva-o!

Paraíso é um abraço amigo
É o sorriso do desconhecido
É aquele morno abrigo
Protegido e escondido.

Paraíso é o Capão, é o litoral
É a Chapada Diamantina
Sua mata nordestina
Fria e tropical.

Paraíso é o amor correspondido
Sem corações partidos
É a química perfeita
O instinto, a natureza.

Paraíso é isso
Aquilo
É algo mais.

Paraíso é pra esta vida!
É agora!
Por dentro ou de fora
Não importa!

The heaven is only yours
Take it!
And enjoy it!

(Carolina Dantas)
Frases...

"Fazer xixi quando está apertada, comer chocolate, fumar um beck, e beber coca-cola é quase igual a sexo!"
(Tainã Villar)

terça-feira, 30 de junho de 2009

olÁ como vAi?

VOu bem obrigAdo!

"Mentiras sinceras

Me interessam..."

Me interessAm........?

(Carolina Dantas)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Vida linda
Vida louca
Vida breve
Vida, rouca...

Você pensa que se resume em você?
Assim seria simples demais
Fácil demais...
Pouca graça.

A vida é boa fácil
E simples,
mas também divertida,
E louca
E breve
Senão alma não teria

São tantas as coisas
Tantas as possibilidades
Porque resumir?
Em você?

Gosto de você
Não pense que não
Gosto de estar com você
Não pense que não

Mas sou pássaro
Que fugiu da gaiola
Hoje escolho o mundo
O inesperado
O perigo
E o desabrigado.

Vida linda
Vida bonita demais
Você é bonito demais
Vencá! Vamos simplificar isso?

Fica aqui
Não saia daqui agora
Esse minuto é todo seu
Nesse minuto sou toda sua
Vencá! E leve um pedaço
Da minha alma
Que esse minuto é breve
É louco
É leve
Aproveite!

Te guardarei sempre comigo
No bolso, na alma
No coração tranqüilo.

Guarde minha alma
Não meu corpo
Esse nem meu é!

Não me engaiole
Não precisa
Sou pássaro adestrado
Já aprendi o caminho do seu bolso
Da sua casa
Do seu corpo...

Jamais esquecerei seu rosto
Louco, Lindo e breve!

(Carolina Dantas)

sábado, 16 de maio de 2009

Veinte Años
Buena Vista Social Club
Composição: Maria Teresa Vera


"¿Qué te importa que te ame,
si tú no me quieres ya?
El amor que ya ha pasado
no se debe recordar

Fui la ilusión de tu vida
un día lejano ya,
Hoy represento el pasado,
no me puedo conformar.

Si las cosas que uno quiere
se pudieran alcanzar,
tú me quisieras lo mismo
que veinte años atrás.

Con qué tristeza miramos
un amor que se nos va
Es un pedazo del alma
que se arranca sin piedad."

quarta-feira, 13 de maio de 2009

"O QUE SERÁ (À FLOR DA PELE)

O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os unguentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores que vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo. "

Chico Buarque (Brazil) - 1976
" Bandeira

Eu não quero ver
Você cuspindo ódio
Eu não quero ver
Você fumando ópio
Prá sarar a dor
Eu não quero ver
Você chorar veneno
Não quero beber
O teu café pequeno
Eu não quero isso
Seja lá o que isso for...

Eu não quero aquele
Eu não quero aquilo
Peixe na boca do crocodilo
Braço da Vênus de Milo
Acenando tchau...

Não quero medir
A altura do tombo
Nem passar agosto
Esperando setembro
Se bem me lembro
O melhor futuro
Este hoje, escuro
O maior desejo da boca
É o beijo
Eu não quero ter o tédio
Me escorrendo das mãos...

Quero a Guanabara
Quero o rio Nilo
Quero tudo ter
Estrela, flor, estilo
Tua língua em meu mamilo
Água e sal...

Nada tenho
Vez em quando tudo
Tudo quero
Mais ou menos quanto
Vida, vida
Noves fora zero
Quero viver, quero ouvir
Quero ver...(2x)

Eu não quero ver
Você cuspindo ódio
Eu não quero ver
é assim, quero sim
Acho que vim prá te ver..."

(Zeca Baleiro)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Estalo!

As lagrimas correm
A alma escorre...
Mais uma decepção

Mais um vilão?
Chega! Dessa vez não!

Meu inimigo sou eu mesmo
Meus pensamentos,
Que faço de aconchego
Minha jaula querida
Meu lar
Minha jóia perdida

Um passo pra frente
Dois para traz
E as lagrimas correm...

Mais um receio
Mas um lampejo
Mais um medo
Perigo! Por ali não vá!

É uma pena sacar
Que nesta vida não há
No que confiar
Nem nos pires
Nem no ar

Solidifico a cada dia
Homem pedra
Fera ferida...
Menina sofrida...

Mais uma decepção
E as lagrimas correm
Mais uma traição
As esperanças? Morrem...

Poesia triste
Sinto muito
Mas é assim que é o meu mundo...
Vida e morte na praia.

E aqueles porcos
Que agora se contentem
A me ver
A me conhecer
Apenas por este mundo
Fictício, exagerado
Real e inventado
Porque a alma que restar
Que pelo ralo não rolar
É preciosa
E nela farei uma comporta
Secreta e segura
Para que um dia quizá
Transborde desnuda
E sem medo
E segura
E pura
E leve
E solta
E surda
E muda.

(Carolina Dantas)

domingo, 10 de maio de 2009

"Dá tudo arrasa, uhuuuu!!!" ;)

O gloss de Gross

É muito lindo esta vivendo
Isso ao seu lado
Dividindo todas alegrias e
Todas as conquistas
Toda dor
E todo temor...

Me sinto meio “Vinicius”
Cadê meu red label?

Que honra amiga...
Que... honra.
É digno enxugar suas lágrimas
Pois eu sei, que não é a toa que correm...


Entre nós, há tanta história
Tantos momentos
Tantas outras lágrimas
E glórias, e vitórias!

Obrigado pela sua existência
Pela sua companhia
Pela sua estadia...
Pela ocorrência de seus dias...

Não quero que sofras...
Não agüento te ver assim...
Sei que faz parte...

Que é assim crescemos
Que aprendemos
Sei que isso é assim
Que :”C'est l a vie”


Mas ainda assim...
Não queria te ver sentir
Nem um pedaço
Do que vivi...

Porque te amo...

Mas é assim
C'est la vi...


Mas obrigado,
Por a mim, permitir

E por me escolher
A estar agora e aqui...

Com você...

Minha irmã...
Meu "bem querer"!

(Carolina Dantas)




sexta-feira, 8 de maio de 2009

Essa é pra vcs meus "queritos"!!! ;)

“Do lado esquerdo do peito”

Amigos vêm
Amigos vão
Amigos ficam
Amigos são

Aqueles que bem te querem
Que de você, não esquecem
Que por você esmorecem
Toda dor
Toda desilusão

Amigos que te culpam
Que não perdoam
Que te julgam
Por não te entender

Amigos altruístas
Egoístas, masoquistas
Amigos sim
Amigos não

Que seria de mim sem os amigos!
Sem meu grupo querido
Meu social
Minha companhia
Meu abrigo

Amigos de prazer
Amigos de querer
Amigos do dia-a-dia

Amigos de caça
Amigos de guarda
Amigos de companhia

Amigos pais
Amigos mães
Amigos irmãos

Amigos de momentos
Amigos pra todos os momentos
Amigos de tesão?

É engraçado
Mas por que não?
Vai entender...


Amigos “liintos”
Amigos pra ficar de bobeira
Amigos de discussão
Ah! De vez em quando
Faz mal não!


Como diz o rei:
“Eu quero ter um milhão de amigos”
Sejam conservadores, anarquistas ou divertidos
Sejam malucos, caretas ou gays!

Mas o que não pode faltar
De verdade e sem gaguejar
É o meu grupo seleto.

Amigos de inércia
Amigos de idéia,
Ou de assuntos diversos

Meus amigos de coração
De aventura, de criação
Meus queridos
Amigos irmãos.

(Carolina Dantas)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

"A tristeza é senhora
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura
A noite e a chuva que cai lá fora
Solidão apavora
Tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece
No quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza embora"

(Caetano Veloso)

domingo, 3 de maio de 2009

A Solidão

Solidão é uma arte
Um quadro de Picasso
Um rosto desfigurado
A fragilidade do estandarte.

O problema não é a solidão
E sim a sua não aceitação...

Na maioria das vezes, aceito!
Mas às vezes... Não.

Estar solteiro é uma arte
É andar descalço
É um bobo descompasso
É a plena liberdade.

Estar solteiro é bom sim!
Mas nem sempre...

O coração é vazio
O vazio é um tédio
O tédio é vadio
E o vadio? Um remédio?

Esse remédio, aceito
E bebo...
Mas às vezes... Não,
Prefiro a solidão...

(Carolina Dantas)

sábado, 2 de maio de 2009

A Sessão

Num pedaço de papel
Escrevo, Explodo
Me livro, como um todo

As angustias derretem
Escorrem pela pele
Se soltam, me livram
E do gelo, faço a neve.

No caderno rabiscado
No verso desinteressado
Renovo, destruo
Um novo começo, construo.

Depois que escrevo
Liberto, libero...

O coração ferido
O sentimento perdido
A mente inquieta
A floresta deserta.

Num pedaço de papel
Faço prosa, faço mel
Faço gosma, faço fel.

Depois que escrevo
Derreto
Me Esqueço...

Ah! Que bom escrever
Antes achava bobo...
Agora, não quero nem saber.

(Carolina Dantas)

अ अलेग्रिया कल्तिवादा

तोडोस ओस दिअस कांदुज़ अ

सुपेर्लातिवा फेलिसिदादे

"A alegria cultivada todos os dias

conduz a superlativa felicidade"

(Yôga Sutra de Patanjali)

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Menino Lobo

Uma alma gêmea

Chega e sorri sem demora
Vem, beija e vai embora

Uma alma gêmea
Um tesouro perdido
És tão parecido comigo!
Que acho que não daria certo.

Confesso...

Por que me esnobas?
Por que não me procuras?
Não sou o doce que buscas?

Um ferimento no ego...
Mas não tem jeito
Não consigo...
Eu ainda te quero!

Menino lobo
Pássaro selvagem
És o espelho
Da minha miragem

Menino que pouco conheço
Que não me permite um começo
Poço de delírios...
Interessante, bonito,
E divertido.

Pena...

Que não me da chance
Nem a partícula
De um instante.

Pássaro excitante,
Livre, ébrio e delirante
Que não me desejas
Tampouco almejas
Ser meu mais novo,
E breve, amante!

(Carolina Dantas)
Ler

Posso ser quase tudo
Nessa vida
Quem sabe até jornalista

Teria de ter paixão por ler
Mas a falta de concentração
Só me permite escrever

É raro, em algo me prender
Cabeça doida
Menina louca
Déficit de atenção

Será?
Ou seria porque não consigo
Parar de pensar...

Será?
Ou seria a inquieta juventude
Com suas loucuras...
Seus defeitos...
E sua virtude?

Sinceramente?
Ainda não tenho essa resposta
Eu só me entrego
À leitura que provoca,

Enquanto isso, enrolo...

(Carolina Dantas)

Não mais

Amei-te, meu querido
Amei-te loucamente
Corpo e alma envolvidos
Até deixar de ser gente.

Então... Porque me ferisse?
Acho que não valho nada?

Fui querida, fui escrava
Fui boba, fui Amélia
E ainda assim...
Passou longe a quimera!

Quero que saiba
Que de nada, me arrependo.
Mas que no teu coração caiba
Uma partícula do meu lamento.

Amei-te tanto, amante perdido
Que por tanto, tenha me afligido...

Saibas que não olho mais pra trás
Que não tenho saudade
Dos tempos de outrora

Saiba que como uma benção
Eu não te quero mais
Nem jamais!
Nem agora...

Você já me perturbou demais
Guarde seu veneno
Sua maldade de capataz.

Sua loucura me envolveu
Me empurrou
Me dissolveu,
Nesse amor doentio...
Atrás desse falso cordeiro catio.

Amei-te demais!
Menino doido, vadio
Mas “graças a Deus”
Já não te amo mais!

O tempo apagou o doente desejo
De correr atrás da lembrança...
Da saudade de um beijo.

Finalmente tenho o antídoto
Dessa louca vontade
Para essa sua crueldade

O que faz,
Como vive?
Se tornou irrelevante.

Por isso não me procure mais
Não me perturbe mais
Vá suma, desapareça
E de mim, se esqueça!

Seja feliz, menino maluco
Seja feliz, bem distante!
Que encontre outra Amélia
Ou alguma tratante...
Quem sabe assim corrige
Esses passos errantes.

(Carolina Dantas)


Sobre nada

Posso falar qualquer coisa
Inclusive nada
Posso fazer um jogo de palavras
Bonitas, sinceras, rimadas.

Posso fazer palavras cruzadas
Brincar com as letras
Soltar palavras jogadas

Circense, grotesco, casada
Bizarro, belo, dentada
Psicodélico, bobo, psiquiatra...
E chega! E mais nada.

Quais são as suas palavras?

Posso ficar aqui por horas
Esvaziando a mente
Nessa poesia largada
Sem sentido
Maluca ou inteligente.

A noite inteira divagar
Nesse monte de nada
Neste albergue de palavras.

(Carolina Dantas)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Xaxado a dois

Menino chega junto
Não tenha medo
Desse meu mundo

Venha me segura
E vamos juntos
Nessa loucura...

Rolar, Rodopiar
Até o dia clariar!

Queria ver você bailar
Queria ver você dançar
Queria fazer você sorrir
Queria te fazer sentir

Queria você perto de mim
Queria ter você assim
Queria em teu corpo me envolver
E sem pressa, te fazer arder.

(Carolina Dantas)
A Aprendiz

Estou apenas começando
Caminhando e cantando...
Ou melhor, tropeçando e cantando.

Cantar? Sim, por que não?
Já se disse: quem canta
Os males espanta.

Não canto para espantar
Só para alegrar
E curtir e dançar...

Deixar tudo mais leve...

Flutuando e cantando eu vou!
Ou melhor, copiando e criando
Eu vou!

Afinal, estou apenas começando...

Caminhando
Cantando
Flutuando...
Como se diz?
Numa boa.

Numa boa sim! Porque não?

Ah! Mas aí tem que ser otimista
Caminhar numa boa
Não é estar sempre em paz
É simplesmente caminhar
E aprender
E desfrutar...

Desfrutar, sim! Porque não?

Sentir o contrair dos músculos
Naquele belo sorriso
Sentir o apertar da garganta
Durante um dolorido choro
É ver o coração sangrar
E ainda sobreviver o desgosto.

Sobreviver, para viver...
E só depois morrer!

Morrer, quizá, feliz
Tranquila, realizada
Já pensou? Que maravilha?

Morrer sabendo que viveu
Que caminhou
Que sorriu
E que sofreu

Mas que também teve paz...
Ah! E muita paz...
Paz sim! Porque não?

Afinal posso estar só começando
E caminhando
E cantando
E sei lá mais o que...

Mas o que importa é que estou
Aprendendo...
Vivendo...
Sofrendo...
E tudo mais com “endo”.

Poesia boba? Tanto faz!

Importa é a alma sagaz
Que pode até não saber o que quer
Ou o que diz
Como um completo aprendiz
Mas ainda assim,
Vive para crer no que faz!

(Carolina Dantas)
A Resposta

É assim que vivo,
A minha vida
E tu, como vives?

Estais bem?
Sente-se bem?
Vives bem?

Não?

Então, estais mal,
Sente-se mal,
Ou... Vives mal?

Ainda não?

Então...
O que sentes...?

Hum, estais mais ou menos,
Sente-se razoável,
E Vives em cima do muro.

Também não?!

Interessante...

Ah! Então me dizes
Que não crê em opostos...
Que eles não existem...

E por isso não acha nada
Não crê em nada
Simplesmente, nada!
Só repete os livros...

E o amor que sentes?
Ou não sentes?
Se sentes... tens raiva
É inevitável.
Iai...?

Até que te entendo,
Mas discordo
O mundo é dual!
Essa, meu amigo
É a minha verdade.

Pelo menos eu creio em algo...

E sigo, e vivo algo...

Não sigo um caminho reto.
Nem do meio
Muito menos das pontas.

Fico zanzando por aí.
Como dizem:
Mulher na linha o trem pega!

Claro, que não sigo isso a risca
Na verdade, acho q não sigo nada...
Não a risca.

Mas admita,
A frase... é divertida!

Incentiva...
Aceita... os desvios!

Amo os desvios,
São neles que tudo acontece!
São neles que se aprende,
Que se vive, que se sente!

Bom, é assim que eu vivo.
E tu como vives?
Ainda em cima do muro?

Sinceramente?
Boa sorte, meu amigo,
Meu querido, meu amante.

(Carolina Dantas)
Meditação

Meu corpo é uma maquina
Minha mente os comandos
Minha alma o combustível
Deste interminável encanto

Nos momentos de paz
Assumo o controle
Brinco...
Faço doce

Entro e saio de qualquer emoção...

Vivo e revivo qualquer momento
Passado ou futuro
No qual, portanto, não existo

É só a mentalização...

Como isso é divertido...
Como isso machuca!
Quanto corpo doído
Tanta coisa maluca...

Aqui dentro...

Corre o rio de pensamentos
Desembrulhando os mais profundos
Sentimentos...

Raiva, Indignação
Culpa, Frustração...

Cavo o descaso
Faço surgir a rebelião
E assim vou
E assim vão
Os pensamentos as angustias
A sensação de solidão

Ah! Que alivio
Que paz...

Pareço o mar que remexe
Que sacode...
Que bate, explode, e dissolve
Antes da calmaria...

Ah! A calmaria...
Passou? E agora...?

Faz-se de novo a revelia...

(Carolina Dantas)
Insônia

O passado em punho esmaga
Aperta e estraçalha
O pobre coração,
Chora, sangra e amarga

A dor latejante se espalha
Pela pele, pelos vasos
Pelos olhos abertos e cansados
Pelo corpo catio e sem graça

O barulho preenche e tange
A mente perturbada e divagante
O vazio invade a alma,
Durante a quieta e escura madrugada.

Todos dormem
Todos sonham
Menos os que sofrem
Menos os que amam.

A silêncio vem pelos poros ,
Pelos pêlos
O dia... É graça.
À noite... Um pesadelo.

A dualidade reina
O presente é dádiva
O presente é lastima
Será assim a vida inteira?


Espero que não!

Espero que o otimismo vença
Que venha e cure essa doença
Doença da mente, do coração
Que corrompe e destrói
A paz da solidão.

(Carolina Dantas)
A Ferida

A dor usa máscaras
de sorrisos e lástimas
Contida pela frustração
Ela dança sobre a desilusão.

As perdas são ganhos
Conhecidos, estranhos
Amigos? Já não sei mais.

Parte bom, parte mal
Em menor ou em maior grau.
Todos são egoistas,
Alguns... também artistas.

Construindo a vida
Conhecendo o amor
Descobrinco a beleza
Até no rancor.

Eu vou...

É preciso dizer "goodbye"!
Nos anos que vêem
Na vida que vai.

O verde traz segurança
O mar melancolia
Quizá haja esperança
Nos artistas da alegria.

(Carolina Dantas)
Conceitos

O que é certo? O que é errado?
São tantas as leis...
E as bíblias...
O que está correto?

Recomenda-se o bom senso...
De quem?
Se são tantas as leis...
E as bíblias...

Cada homem é um mundo,
Cada mundo é um homem.
O que está certo?
O que está errado?

Faz-se o ato, depois a culpa...
De quem?
Se cada homem é um mundo
E são tantas as bíblias...

São muitas as vozes...
São muitos os mundos
Dentro de um único mundo...
Dentro de um único homem!

O que é certo?
O que é errado?

É o que se faz sofrer?
Mas se todos sofrem,
E vivem, e cantam
E choram, e morrem...?

Porque a culpa?
Porque dor?
Porque a guerra?
Ou o rancor?

O que é certo ou errado?
Ah...! As vezes parece tão claro...
Tão simples e tão raso:
São só certos e errados.

O que são essas vozes,
Na minha cabeça...,
São o meu mundo?

E se fosse outro mundo?
Outras vozes?
E se não houvessem vozes?

Existira a guerra, a dor, o amor?
Existiria o mundo?
Ah! Se não houvesse vozes...

As vozes do mundo fazem a mente
As vozes da mente destroem o mundo,
E o homem, e a mente.

O que é o certo? E o errado...?
São só vozes, de fato...
Mas nada disso é certo.
Muito menos errado.

Apenas use o bom senso...
E tenha cuidado,
Qualquer um pode ser apunhalado...
Enquanto existirem vozes e mundos,
E certos e errados.

(Carolina Dantas)
A Lama

Consegui me enterrar
Na mais profunda lama
Será mesmo que existe lama?

São todos porcos, que gostam
Que na lama se lambuzam
Inclusive eu...

Me enterro, rolo e espalho
No meu corpo
A minha própria excreta fétida
Me delicio
Gozo do mais profundo desgosto
Aos poucos, vou cobrindo o meu rosto

São todos porcos, inclusive eu...

São todos porcos imundos
Nojentos e podres
Que escarram em si mesmos e nos outros,
Os seus e os nossos horrores.

São todos porcos fétidos e cegos
Inclusive eu...

Só não sou totalmente cega
Pior, vejo-me debruçando
Sobre o meu próprio desgosto

Melhor seria se não o visse?

Sou uma cega com visão
Sou podre com coração
Sou suja, mas enojo
A minha própria destruição

Mas se é assim
Porque continuo na lama?
Porque continuo a me enrolar
Me lambuzar, nessa mistura estranha?

Não consigo morrer
Não consigo nada fazer
Só mais lama, lama e lama

Penso...
Cheguei ao fundo do poço?
Não...
Ainda me enterro, afundo, sedo
Deslizo sobre a lama

A lama me envolve e me convence

São todos porcos e cegos
Em seus próprios chiqueiros
Envoltos na sua própria sujeira
Ah! Quanta besteira.

São todos porcos vestidos de asco
Inclusive eu...

Não quero mais ser um porco
Quero morrer como porco
Quero que se alimentem da minha carne podre
E que fiquem ainda mais podres

Quem sabe assim vejam
Sua natureza que destroe
Quem sabe assim sintam
Toda a podridão que os corroe

Quero que continuem porcos, mas não cegos
Como eu...

Para que vejam surgir a sujeira, da sujeira, da sujeira


Tenho asco de mim
Tenho nojo
Dessa lama que vem e envolve
E esconde o meu rosto

Quero sair
Quero respirar
Quero a vida sentir
E não me afogar...

E quem sabe, nunca mais me sujar...

(Carolina Dantas)