domingo, 29 de agosto de 2010

Ilusão

Tiro um pedaço de um sorvete de tapioca.

Seu gosto doce inunda minha boca.

Corro um pouco na Orla.

O coração acelera, transpiro.

Tudo parece tão real...

Encontro rostos conhecidos,

Que tocam em assuntos por mim, temidos,

ou esquecidos.

Sinto agustia, reflito,

sinto alegria.

Num instante toda essa fantasia se converte...

Em pura melancolia.

O tempo passa... não se espante.

Passam depressa os segundos insessantes.

Logo envelheço e tudo num passou de um instante.

Logo me deparo diante do inevitável.

A morte, o abandono dos hábitos.

Olho pra trás e me deparo:

Fiz eu algo de importante?

Fiz eu o que tinha de fazer?

Ou será que me perdi em meio ao sorvete de tapioca?

Um velho sorri pra mim na rua.

Um determinação me dispara.

Então volto a correr em direção ao nada.

Em direção ao simples.

Em direção à ação.

Derrepente todos os rostos amigos se confundem.

Todas as lembranças se tornam vividas e enevoadas.

Tudo parece claro, e frágil.

Derrepente um toque suave me toca o rosto.

São labios doces que me acariciam o olho.

As palpebras se abrem...

Tudo não passou de um sonho.

O Amor é a realidade.

(Carolina Dantas)

sábado, 24 de abril de 2010

As vezes baixa a 'lucidez'.
E digo pra mim mesma,
pura e simplesmente:
"Nunca diga nunca.
Nem nunca diga sempre."

Depois a palavra,
aparentemente contraditória,
traz a seguinte nota, notória:
Sempre mude, sempre.
Evolua, construa, acrescente.
Corrija e cresça. Eternamente.
E siga...

E tente.
E siga....
... sempre em frente.
À frente.
Infinitamente.

Mente... mente...
a mente mente!
A mente brinca com agente.

O que fazer com essa criança?!
Ah! Eu faço riso!
(Ha Ha Ha!)
E poesia.

(Carolina Dantas)
A verdade.
Pode parecer cruel.
Banal, amarga.
Palavras soltas num papel.
Na verdade, a realidade, não é nada.
Nada de mais.
Nada de menos.
Só um lema pratico para a vida.


O futuro são progetos,
sonhos, fantasias.
Boas, sim, quando se é otimista.

Mas as raízes não se fincam,
numa poeira vazia.
Muito menos na poesia.

A vida acontece simples.
Pura e simplesmente linda.

Agora!
Agora...
Agora...
A hora é agora!

É agora que acontece a alegria.

O agora não tarda.
Nem demora.
Só se prova,
a prova da viva da vida.

O passado é a percistência da memória.
Saudavél ou doentia.
Não importa.

O futuro...
'a deus pertence'.
E se ele é so Amor,
felicidade e vida...
A minha Vida então, está garantida.
Não há espaço para drama.
Não mais.
Não na minha vida.

Afinal tudo pode acontecer.
Inclusive, nada.
E na verdade, tanto faz!
Pois o agora é doce.
Se no Seu mundo,
vive a Paz.

(Carolina Dantas)
Ansciedade.

Do relógio não ouço mais,
o 'Clique'.
A paisagem são só,
fotografias.
Meus dias...
são só a repetição do contexto.

O tempo parou no tempo.
As folhas do calendário
parecem que não caem mais.
Os dias... andam para trás.

E o tempo não passa...

A teoria da relatividade,
se faz presente.
E o almejado desejo,
do futuro proximo,
me faz doente.

O tempo...
Parou no tempo.

(Carolina Dantas)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Eu fecho os olhos.
E sonho.
São campos verdes e pessoas de branco.
São árvores e flores.
São beijos e abraços.
E olhares risonhos.

Eu fecho os olhos.
E imagino.
Você.
Eu aí contigo.
Você aqui comigo.
Nós dois juntos.
É só prazer.

Disfoco os olhos.
Me transporto.
Penso em você.
Em nós dois, juntos.
O coração bobo dispara.
Se engana.
Bate forte. Acelerado.
Como em plena dança sagrada.
Dança anscioso. Agitado.
Responde fiel.
Ao estímulo imaginário.

Eu abro os olhos.
Eu vejo.
A verdade.
A paz que sai de nós.
E a nós, volta.
Nos envolve.
Nos conforta.

Respiro fundo.
Sinto seu cheiro.
Aroma de cama limpa.
Macia e quente.
Meu aconchego.
Meu bem-querer.


Eu abro os olhos.
Eu enxergo.
Através da luz que se reflete.
Do meu Ser.
A certeza me inunda.
E a partir de agora.
Abandono, de vez, o vício do sofrer.

Eu abro os olhos.
Eu escolho o Amor.
Pelos campos, pelas flores.
Pelas pessoas de branco, pelas árvores.
Por você!


(Carolina Dantas - 22/04/10)

quinta-feira, 15 de abril de 2010


Uma vez dirigindo desatenta caí em uma poça de agua e enxarquei uma pobre moça que estava na calçada. Refletindo sobre esse 'simples' acontecimento senti pena da moça, pois já vivi a mesma e desagradável situação. A minha 'desculpa' foi saber que não foi intencional. Na verdade não há culpa em nenhum dos lados. Nunca há. Somos sempre essencialmente inocentes, vitimas da maldade, do inferno, do medo... contidos em nós mesmos. Sim. Mas ainda assim a moça já estava molhada. Como poderia ter evitado a situação? Com consciência. Se não estivesse distraída teria visto a poça, me desviado dela, já que molhar a pobre moça jamais foi a minha intenção. Se fosse, estava distraída na ansia da culpa jogada no outro, na vingança... as vezes fazemos isso... tudo pelo ego. Sempre ouvimos, dizemos ou lemos essa palavra do 'mal' ego. Ela como nada em nós é do mal. Pode fazer mal... sim... mas isso depende do ponto de vista. O que tento dizer em meio a esse albergue de palavras que roda a minha mente, é somente que a essencia é o Amor. A essência de tudo, inclusive do ego. O mal é gerado pelo ego, pela mente, pela mão, pela mãe, pai, ladrão, padre mendigo ou qualquer que seja o sujeito pela distração, desatenção, inconsciência. A humanidade flui a muuito tempo pelo medo, pela inécia da desatenção, do ego solto e desenfreado. Tudo que ele diz agente acredita. Se diz "você é o cara!" você se acha, se caso fugir o tenue limite da moda que é socialmente aceito vc é cruel, vc é maníaco. Se diz "Não sou ninguem" é tímido, introvertido, depressivo, esquisito, esquizofrenico e assim vai. Se diz "Eu sou o filho de deus" você é o proprio ou um louco psicótico alucinante. E tudo parece muito confuso, vendo assim. E é realmente um proprio samba do criolo doido, um nevoeiro. Você só vê fumaça! E qualquer coisa pode surgir na sua frente. De pessoas desatentas, involtas pelo ego você pode esperar qualquer coisa. De fato não deve por a mão no fogo por ninguem. Mas existe muita coisa a se esclarecer aqui: A humanidade, o gado está aprendendo a olhar para além das viseiras. Percebendo que o rio de piranhas a frente não é a unica opção! Por que digo tudo isso? Através dessa metáfora forte, sentimos que essa "vib" por assim dizer de "deixar a vida te levar" ou "a vida é assim mesmo" que perdurou aí por milhares de anos, gera uma força muito grande que se compara a uma correnteza de um rio. Se se distrair... deixar a sua vida, o seu corpo, a sua 'consiencia' no "piloto automático" ou seja, no controle do ego, o pobre do ego, mera máquina de ação indivídual neste mundo, mera ferramenta, vai agir de acordo com as programações pré- programadas, o samskára. E você vai ser arrastado pela correnteza direto à cachoeira, pela boiada direto ao rio de piranhas, ou qualquer outra analógia que diga: você vai seguir o fluxo da inconsciencia atualmente existente, e entrar na tempestade de emoções psiquícas, mundo louco emocional, onde tudo é possível. Daí vez a dor o sofrimento o medo, as magoas, e todas essas babozeiras loucas que fazem nós mesmos fazer escolhas que só nós trazem sofrimento. Nos aprisiona. Nos faz crer que é assim mesmo e ponto. NÃO! Não é assim e ponto. A exaltação é pra reforçar o corpo sobre a importancia de se estar atento. Isso pode parecer chato. Mas a ideia "chato' é só mais um julgamento que surge em nossas mentes desse piloto automático que já tá se achando o próprio comandante da parada. Nada disso existe!!! E isso vai se tornando cada vez mais claro. Lógico que mudar velhos (e bota milhares de anos de velho nisso!) hábitos não é fácil. Fugir da inércia da dor e do sofrimento para entrar na inércia do amor e da alegria e contentamento exige ATP! Exige disciplina, disciplina e disciplina. E enquanto seu ego diz que é chato e de faz acreditar que a 'salvação' (do seu proprio inferno interior) não vale a pena ou que você não consegue, você se mantém no rio de piranhas. Daí a escolha é sua. O problema é seu. E não de Deus ou da Vida. Somos muito infantis a não reconhecer isso. Ser adulto é assumir as suas proprias escolhas e as consequencias delas. Inclusive se essas consequencias afetam quem vc mais ama. Inclusive se isso faz essa pessoa se afastar de você; quando escolhe não mais sofrer. Tudo é consequência. Karma. E aí segue o samskára da dor e do sofrimento. Sair disso não é facil. E haja Lucidez! Haja atenção para não molhar os outros da agua suja da tua prórpria poça imunda criada nessa bola de neve, nesse ping e pong da dor interna e externa. Mas a força tá em nós mesmos! O Amor por nós mesmos e pelos outros, nos permite ficar atentos e cuidar de nós mesmos e dos outros. E o karma, a inércia de reverte em luz! E quando começamos ver isso em nossas vidas, ganhamos ainda mais força e vitalidade. Ser feliz é facil, mas nadar na contra mão, contra a correnteza não é não. Exige que nós mantenhamos SEMPRE conectados com o nosso combustível, nossa fonte de ATP...: a nossa própria luz interior. Desacreditar que esse combustível vem de fatores externos ou de outras pessoas é o caminho, para se manter sempre forte. Isso não quer dizer que não fraquejamos, isso depende da nossa vontade e da nossa atenção. Mas se fraquejar se ligue o quanto antes! Fique atento e conecte-se de novo à Fonte. A consiência é o veículo do Amor. O fim da 'maldade', casual ou intencional.

(Carolina Dantas)

sábado, 3 de abril de 2010

O que é gostoso.
Não adianta prometer,
que não vai mais fazer.
Ou " não vou cair em tentação".
Por assim dizer.

O amor...
Pense numa coisa engraçada.
Independente do que você faça.
Sempre nos arma 'siladas'.

Agente sofre.
Agente se fecha.
Diz que nunca mais!
E chega de conversa!

Mas o tempo passa.
O sofrido vira distraído.
E agente é pego de novo.
Desprevinido.

A vida é assim!
As melhores coisas só acontecem,
quando nada se espera.

E esse 'esperar'?
Que coisa mais complicada.
Aí é que é a morada.
Da nossa 'esperada' desilusão.

Espera tanto,
Pensa tanto.
Sabe tanto.
E ainda se frusta quando acontece!
Ê bicho complicado esse "ser" humano!

Podem me chamar de otimista.
Ou simplismente de apaixonada.
Nenhum desses é mentira.

Só digo uma coisa:
É tão bom voltar a ser positiva.
Ver alegria em tudo.
E haja poesia.
E força.
E energia.

O amor é nosso bolo temperado.
Nosso chocolate, nosso fumo.
Nosso vinho, nosso abacate!

Se não fosse bom.
Agente não fazia de novo.
E de novo, e de novo...
Assim, renovados!

Esperança sim!
Expectativas não!
Posso voltar a ser 'boba'.
Mas nunca uma criança.

E ainda digo mais:
Eu não to nem aí!
O que importa mesmo.
É que Agora,
eu sou Feliz!

(Carolina Dantas)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

"Não importa o que fizemos, como no passado vivemos, ou como vizualisamos o futuro. São nossas ações agora, nosso amor a nós mesmos, aos outros, e a toda e qualquer forma de vida que faz toda a diferença kármica. A base está na vontade."

(Carolina Dantas)
Nossa!
Você inundou meu cerebro!
Enxarcou de amor a minha mente.
Sem medo e sem mistério.
Numa velocidade sagaz.
Me envolveu.
Como uma cobra voraz.

E nesse amor intenso.
Mas calmo.
Mais sereno.
Nos contorcemos e vivemos.
Os nossos mais doces sonhos.

A saudade de ti me devora.
E penso, e penso e penso agora...
Como te espero. Ansiosa.

Me perco no tempo.
Nas lembranças dos risos.
Nas fantasias.
E nos desejos mais sortidos...

Que loucura boa.
Me sinto jovem de novo.
Me sinto a toa. Leve.
Livre e solta.

Vivemos assim... aqui e agora.
Sem inveja, sem posse, sem demora.
É isso aí! É isso aqui!

Você inundou minha aurea.
Que agora brilha rosea.
No simples ato de querer te ver.
De querer estar com você.

A saudade não doída se faz presente.
Quero arracar as folhas do calendário.
Até que volte.

Nesse amor intenso.
Nos envolvemos ardentes.
Como duas cobras carentes,
Vorazes.
E inocentes.

Cobras... que criam asas...

(Carolina Dantas)
Os urubus voam.
Sob o fundo azul.
A luz e cor se irradiam.
Por detrás da morte.

Como os seres humanos sofrem.

Não consigo.
Eu mal te conheço, eu sei.
Mais ainda assim choro, por você.
Ao te ver assim...
Tão proxima do fim.

Pois não é só um pedaço de carne.
É uma história, uma pessoa.
Cheia de verdades.
És amada por tua familia.
És uma obra prima.
Uma arte divina.

Em ruínas...

Aos poucos se despedaça.
Se desfaz. Se decompoe.
Ainda com vida.

Não posso, não consigo não chorar.
Ao imaginar a tua dor.
Ao me pôr em tua situação.
Essa morte próxima, a dor.
A vergonha, a humilhação.

Os urubus negros e feios voam.
Passam pelas nuvens fofas e brancas.
Os urubus voam.
Por cima da minha cabeça.

Mesmo sendo ilusão.
Um terrível pesadelo.
Não consigo deixar de sentir...
Aflição,
Angústia,
Tristeza.
Ao te ver assim... nesta posição.

Minha irmã, minha querida.
Vamos lá! Tentar ser otimistas.
Essa é a melhor opção.
Talvez a única saída.

Vamos lá! Vamos tentar vivenciar,
se é assim, essa surrealidade.
Essa grande escola de alquimia.
Que é a vida.

(Carolina Dantas)
" É incrível como a pureza de uma criança nos desperta a atenção. Ela atraí o melhor que temos dentro de nós, e todos se aproximam e cercam esta beleza. Dentro de nós ainda existe a "criança" na qual nascemos. São os nossos 'sonhos' e crenças terrestres que fecham o tempo da nossa linda paisagem interna. Mas por detrás das cinzas nuvens, o colorido Nascer do Sol continua aí."

(Carolina Dantas)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

"Quando o sol bater
Na janela do teu quarto,
Lembra e vê
Que o caminho é um só,

Porque esperar
Se podemos começar
Tudo de novo?
Agora mesmo,

A humanidade é desumana
Mas ainda temos chance,
O sol nasce pra todos,
Só não sabe quem não quer..."


(Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Marcelo Bonfá)
"Se o bem e o mal existem...Você pode escolher. É preciso saber viver."

(Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)
"O medo instintivo nos atenta para o perigo. Ele surge diante o desafio e some assim que este é resolvido. Mas o medo 'humano', o medo dos pensamentos ou pré- ocupações, nos aprisiona no 'normal'. E o 'normal' nada mais é do que uma máquina de poda, que nos retira os galhos mais frondosos. A nossa individualidade. A nossa liberdade do Ser. Tudo isso em troca da falsa idéia de auto-preservação..."

(Carolina Dantas)
"Os padrões é como um andador de criança, que nos força a andar quando não preparados, atrapalhando a nossa evolução natural e individual. Ele nos prende … à necessidade ilusória do tempo. E ao invés de ajudar, só provoca mais acidentes..."
(Carolina Dantas)

quarta-feira, 31 de março de 2010

" Se a vida fosse um filme...

.... ela só duraria duas horas!"

(Carolina Dantas)

" A vida é uma sala de espelhos. Se vc sorri pra ela, ela te sorri de volta, em escala expondencial."

(Carolina Dantas)

segunda-feira, 15 de março de 2010

O Pedido.

Eu só te peço, meu amor,
que não me diga,
todas as coisas que me diz,
todos os dias.
Eu só te peço, meu amor,
que não repita,
as mesmas coisas que me diz,
todos os dias.

Quando eu chego em casa,
cansada!
De tanto nessa vida,
eu lutar.
Querendo mais,
só sombra e agua fresca.
E todo o aconchego,
do meu lar.
Ela vem no meu ouvido,
a reclamar.
Dizendo que eu preciso mudar.
Que ela faz isso,
faz aquilo, e aquilo outro.
Enquanto eu não saio do lugar.
Meu bem, nisso eu concordo.
Não deve ser fácil estar,
no seu lugar.
Tudo que diz,
já ouvi milhares de vezes.
E não discordo da sua chateação.
Mas saiba, meu bem,
que não é tão simples.
De uma pessoa mudar.
Exige tempo,
vontade,
necessidade.
E eu agora só quero é descansar.

Eu só te peço, meu amor,
que não me diga,
todas as coisas,
que me diz todos os dias.
Eu só te peço, meu amor,
que não repita,
as mesmas coisas,
que me diz todos os dias.

É dia sim.
É dia não.
Dia talvez.
Que não permite a informação,
eu processar.
Vamos tentar, meu bem,
nos ajustar.
E as diferenças aprender,
a respeitar.
Aos poucos, meu bem,
agente se ajeita.
Veja quanta coisa bonita,
a valorizar.
Eu te amo, meu amor,
não tenha dúvidas!
E de ti por toda vida,
eu vou cuidar.
Mas agora, meu amor,
não me pertube.
Porque só quero,
mesmo,
é relaxar!

Eu só te peço....

(Carolina Dantas)

quarta-feira, 10 de março de 2010

Viajando com Bill Hicks...

Se a vida é como um parque de diversão.
Como dizem alguns.
Minha família são as luzes.
Os balões coloridos.
Que me iluminam.
Dão graças, sentido, sorrisos, razão.

Meus amigos?
São minha pipoca!
Minhas balas, meu doce algodão.
E todas essas coisas gostosas,
que não enchem barriga,
mas fazem parte da diversão!

Meus inimigos...
A ameaça, o suspense do Trem-fantasma.
Que quer te assustar,
mas que na verdade só me faz gargalhar.

Meus desafios e os perigos,
são os sobes e desces,
e os doze loopings da Montanha-russa.
Minha favorita!
Que gera toda aquela adrenalina, alegria.
E Atenção!

Minhas dores são as náuseas.
Geradas de tanto girar no mesmo lugar.
Nesse "Samba" do crioulo doido,
que parece,
mas não vai me derrubar!

Minhas risadas vem dos palhaços.
Das crianças e de tantos loucos-sãos,
que passam e vão.
E deixam sua magia.
Sua alegria, e sua contentação!

Meus amores são aqueles,
que como você,
aparecem do nada.
Me pegam pela mão.
E me levam até o vagão,
cor-de-rosa da Roda-gigante.
E que juntos subimos e descemos.
Subimos e giramos.
E assim descobrimos uma nova Visão...
De todo o parque.
De toda a diversão.

Se a vida é só uma voltinha...
Nesse parque.
Quero que dure o dia inteiro!
Que eu corra e brinque e sue!
Com ou sem dinheiro.
Até me entorpecer de tanta emoção!

Pra só depois buscar a paz e o conforto,
do Meu verdadeiro Lar.
Só com a roupa do corpo.
Mais todo Amor que Eu tenho pra dar.

(Carolina Dantas)
Consciência, será que eu morri?
Será o purgatório isso aqui?
Só vejo melancolia e desgosto,
nestes rostos por aí...
Só a ignorância,
e a Ignorância.
A pressa reina por aqui.
O tempo se destribui em remessa...
Mas a pressa e a inveja o engole.
É o mundo do 'consumir'.
Trocamos a vida, a beleza, o espírito,
por bananas podres.
E do Amor só sobra amores,
e dores e terrores...
E pressa e guerra.

Consciência será que morri?
Ou será um sanatório isso aqui?
Um retiro, uma prisão, um refugio da Luz.
Criado por nossa propria desilusão.
E nesta ilusão se esquece, de ser feliz.

Consciência será que já morri?
Uma alma perdida
Que vaga sem rumo
Sem proposito real...
Que ainda não encontrou a Luz...
Como varias e varias outras...

Eu não sei Consciência...
Enquanto a senhora não vir morar comigo...
Aqui e Agora e por definitivo.
Vou seguir especulando perguntas.
E respostas.
E hipóteses diagnósticas.
Para explicar o como e o porquê
desse labirinto,
que eu mesma me meti.

(Carolina Dantas)

domingo, 7 de março de 2010

"Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today

Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace

You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one

Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world

You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one "

Composição: John Lennon

sábado, 6 de março de 2010

To cheia de desejo por ti
E agora o que faço?
Você não pode me atender.
Ou não quer...
Também não quero entender.
Mas eu não sei esperar
É muita chama,
pra controlar
Simplesmente não dá.
Não quero, não vai rolar.
Diante disso tudo,
só me resta acordar
trocar meus devaneios
por sonhos mais vividos.
Sonhos lúcidos... ;)


(Carolina Dantas)

quinta-feira, 4 de março de 2010

Eu paro um pouquinho,
e penso em vc.
Respiro um pouquinho e penso em vc.
Eu como um pouquinho,
e penso em vc.
Eu durmo e acordo,
me deito namoro
eu penso em vc,
estudo,
eu arroto e fumo,
e penso: você!

Por alguns instantes,
eu paro... E por escolha propria
respiro... viajo...
medito,
e não penso em vc.
E fico em paz.
E fico livre,
e tudo mais

Mas logo após não sei porquê,
escolho não ficar sóbria
me embebedo de vc.
Sonho e como guacamole.
Acordo e
fumo e como
e bebo você.
Você é demais
Conseguiu me seduzir
conseguiu me envolver
Chamar atenção
Seu brilho
é meu desafio.
E por isso,
por esses dias
não consigo dormir
em paz
só sonho, e canto
e danço e como
e bebo você!

(Carolina Dantas)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Eu estou determinada a ver.

"As transparencias enganam", me disse um amigo:
"Você é transparente?"
Aí tem... presenti:
Mas...Sou! (respondi)
"Mentira!"
Todos têm mistérios profundos. (atacou)
Verdade! (concordei)
Verdades sombrias nós guardamos,
Qualidades pomposas nós mostramos.
"Fazemos questão de mostrar". (explicou)
Em parte descordo... (pensei).
A nossa Luz não mostramos. (disse)
Nem a nós mesmos, por vezes... (pensei).
Sim! Nossa beleza...
Nosso ser... (concordou)
E fêz-se o silêncio.

Ambos pensavam naquele momento.
Adimitindo a 'verdade' na frase um do outro. (imagino)

De fato não somos transparentes.
De fato somos mentirosos e verdadeiros.
De fato somos Luz e sombra por inteiro.
Pelo menos aqui...

Mas a verdadeira transparência,
Nós, a maioria, não vemos.
A verdadeira Luz só por vezes,
e com sorte, percebemos.
Para ser ela por completo:
Basta querermos! (disseram-me)

"Eu estou determinada a ver".
Pensei, hoje, só quando acordei.

(Carolina Dantas)
Ontem me troquei:
Sonhei que estava trabalhando.
Trabalhei quando estava sonhando.
Bom!
Curto por 24hs essa ilusão.
Afinal, astral ou de fato,
ta tudo no mesmo prato.

O que é sonho pra você?
Meu corpo responde da mesma forma.
Minhas mãos abrem as mesmas portas.
O coração bate o medo aflora,
E isso infelismente, não tem hora.

Os pensamentos são velhos companheiros.
Alheios, determinados ou corriqueiros.
Eu julgo, eu paro, eu faço.
Eu culpo, eu paro, eu me rasgo.
Eu mordo, eu paro, eu me desfaço.

"Tomara, meu Deus, tomara"
Que essa louca ilusão logo vire fumaça!
E caia, e póque,
e saia, e role...
Por aí afora.

Meu controle cabe a Mim.
Meu desgosto cabe a mim.
A minha mente à Águia, eu entrego.
E desse "sonhar", aos poucos desperto.

(Carolina Dantas)
"1 é 1.
E não é 2."
Assim estava escrito no muro!
Conforme-se! Ou dê seus pulos!

Prefiro acreditar,
que neste mundo de Maya
agente criou o muro.
Portanto não existe o facil
e nem o 'duro'.

De cima da prôa é facil ver
que é só uma questão de escolha:

Se segue com o gado,
Ou se encherga Realidade.
A Paz e a Vontade,
É que são a chave...

Esse é o pulo do gato!


(Carolina Dantas)
Agora estou em paz,
Finalmente o medo, aos poucos, se desfaz.
Como a neblina do nevoeiro,
que derrepente se desmancha em frente ao desfiladeiro.
Foi por pouco!

Saí daquela tempestade louca!
E com vida!
Com magia!
E alegria! "Cultivada todos os dias".
O desespero passou.

Me perdi e me achei no meio do mato.
Foi a 'cobra' que me deu o recado:
"A 'morte' mostrará a saída".
Mais uma morte, para uma nova vida.

Escrevo, pra não perder o hábito.
Ou por ego... sei lá.
Mas isso não é mais minha terapia.
São só frases soltas,
Mero 'blá, blá, blá",
sem a agonia.

Saí do mato!
Achei a trilha.
Tão fácil como a perdi.
Aliás tão inesperado e derrepente,
como quando saí.
Não foi fácil e nem foi rápido.
Mas agora não faz diferença.
É só passado.

Escrevo meros devaneios...
Só pra não perder o hábito.
A brincadeira com a imaginação.

O tempo é infinito.
O tempo é uma ilusão.
Tudo parece só um sonho...
Que passou... que ficou de 'lição'.

No mato,
No nevoeiro,
Me perdi.
Me achei.
Pelos caminhos que eu mesmo escolhi.
Com ajuda da 'coincidência',
e dos Amigos que nela fiz.

A Águia me deu as respostas.

Tirei minhas dúvidas com a aranha.
Meu proprio medo.
Agora não preciso mais dessa trama.
Nessa teia não vou mais me grudar.
Isso não quero, não desejo.

De volta à estrada eu vou.
A mesma ou não, eu vou
dar no mesmo lugar.
O ponto final não muda.
A tempos escolhi o 'destino'.
De carro, a pé ou de avião,
desse 'lugar' não abro mão.

Não estou mais perdida.
Agora eu conheço as trilhas.
O próprio mato me deu o mapa.
E tudo tomou sentido.
Com o Sol sob a cabeça eu vou,
eu tento, eu vou.
Eu caminho sem sair do lugar.

Vejo essa mata de cima,
a Águia me emprestou seus olhos.
Ainda vejo nevoeiro... vejo embaçado
Meu corpo ainda não se acostumou,
Com essa nova e potente retina.

Mas agora eu tenho o mapa.
E eu sei, ta na trilha,
a paz, por completo, vai vir.
Há de existir.

Mas são só devaneios loucos...
Metáforas...
Afinal são só mais algumas palavras...
E como palavras, são dúbias.
Entende-se o que quizer.
O que ''vier'' ou que ''puder''.

É só pra não perder velhos hábitos...
Agradar a pobre da aranha e sua teia.
Que moribunda, eu sei, vai morrer.

Mas com a ajuda da Águia eu vou,
to indo... e feliz!
Pois agora eu tenho os seus olhos,
este mapa e o Sol.

(Carolina Dantas)
Medo
(Carlos Drummond de Andrade.)

"Em verdade temos medo.
Nascemos escuro.
As existências são poucas:
Carteiro, ditador, soldado.
Nosso destino, incompleto.
E fomos educados para o medo.
Cheiramos flores de medo.
Vestimos panos de medo.
De medo, vermelhos rios
vadeamos.

Somos apenas uns homens
e a natureza traiu-nos.
Há as árvores, as fábricas,
Doenças galopantes, fomes.

Refugiamo-nos no amor,
este célebre sentimento,
e o amor faltou: chovia,
ventava, fazia frio em São Paulo.

Fazia frio em São Paulo…
Nevava.
O medo, com sua capa,
nos dissimula e nos berça.

Fiquei com medo de ti,
meu companheiro moreno,
De nós, de vós: e de tudo.
Estou com medo da honra.

Assim nos criam burgueses,
Nosso caminho: traçado.
Por que morrer em conjunto?
E se todos nós vivêssemos?

Vem, harmonia do medo,
vem, ó terror das estradas,
susto na noite, receio
de águas poluídas. Muletas

do homem só. Ajudai-nos,
lentos poderes do láudano.
Até a canção medrosa
se parte, se transe e cala-se.

Faremos casas de medo,
duros tijolos de medo,
medrosos caules, repuxos,
ruas só de medo e calma.

E com asas de prudência,
com resplendores covardes,
atingiremos o cimo
de nossa cauta subida.

O medo, com sua física,
tanto produz: carcereiros,
edifícios, escritores,
este poema; outras vidas.

Tenhamos o maior pavor,
Os mais velhos compreendem.
O medo cristalizou-os.
Estátuas sábias, adeus.

Adeus: vamos para a frente,
recuando de olhos acesos.
Nossos filhos tão felizes…
Fiéis herdeiros do medo,

eles povoam a cidade.
Depois da cidade, o mundo.
Depois do mundo, as estrelas,
dançando o baile do medo. "
A explosão

Hoje me sento e digo:
Vocês 'machos' não têm coração!
Aí faltou o lado materno da intuição,
da 'culpa', do 'receio', da compaixão.

Como tratar uma pessoa assim?
As mulheres são flores, são rosas.
São sensíveis, são pura confusão.
Espinhentas e delicadas.

Podadas de nada valem.
Sem os 'espinhos', perdem a proteção.
E daí são só petalas numa mão.
Grosseira forte e eficaz.

O pesadêlo acabou.
O golpe final, a cereija do bolo.
O arco-íris, feito guache, desbotou!
No golpe agressivo,
o ultimo espinho, em ti encravou.
E meu ultimo veneno, em tem corpo se espalhou.
Tu foste alvo da propia armadilha.

(Carolina Dantas)
Idolo

Ai meu deus! É você?
É sim eu sei que é
A quanto tempo eu sonhei
Em te ver...
É uma verdade,
que nem parece ser.
Como você é bonito!
E gentil...
E feliz e honesto,
e...bonito...

Como é bom encontrar você.
O acaso finalmente me agradou.
Meu sonho, enfim, se realizou.
Te abraço.
Te beijo.
Sorrio...
E irradiante, te elogio:
Seu nome, seu trabalho,
sua coragem,
sua peculiaridade.
Elogio...

Sinto que gosta de me conhecer.
E até um sorriso, pareço receber.
E é só o inicio.

No meio da euforia,
uma voz longe me chama.
E não mais que derrepente,
a alegria se desmancha.
Uma névoa cobriu o teu rosto.
A realidade escurece,
a contra-gosto.
Abro os olhos,
ponho os pés do chão.
Esse encontro marcado.
Ainda, foi só um ensaio.
Pura imaginação.

(Carolina Dantas)
Coisas do ego...

As vezes me sinto tão só...
De idéias, de quereres.
As vezes me falta vontade.
E a coragem, para acreditar.
Para continuar vivendo.
Sozinha, e sem você, ou sem ninguem.

Mas essa vida dura,
exige de mim: atenção!
"Seja uma pessoa madura!"
"Não dê bola ao seu 'coração'."
Por muitas vezes fui assim...
Diziam...
Mas Agora, eu não sou mais não...
São tão insegura e sozinha e covarde e...
Imatura!

Ah! A vaidade
Que crueldade
Que inocência
Que jovialidade.
Achar que o mundo gira ao seu redor.
E não você ao redor do mundo.
A vaidade translucida, me borra a beleza,
e a verdade e a certeza.
Só me enoja e me anseia.
Seu excesso, sua falta de controle...
Me deixa assim!

Ha! Descobri enfim...

(Carolina Dantas)
Numa pagina nova, eu confesso...

Penso em você sempre
E quase todos os dias.
Mesmo com tanta distancia.
Tanto tempo,
outras alegrias...

A sua presença...
Ah! Como eu queria!

Meu poema são só versos baratos,
e melancolia.
Resta só uma saudade em frangalhos,
Só uma fantasia.

De te ter de novo uma outra vez,
Por mais tempo quem sabe...
Entregues na presença
Na conexão do destino...
Quem sabe?

Por enquanto... Só imagino.
E fortaleço esse 'amor' gostoso.
Sem apegos, ou mal-querer.
Só quero um sorriso seu,
e te ver crescer.

E quem sabe, um dia volte,
Recompense sua ausência...
Mate a minha saudade,
e a minha carência...
Por você.

(Carolina Dantas)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Que aperto é esse?
Dentro do meu peito...
que não mata, nem apavora,
mas que, vira e meche, me devora.

Aos poucos... bem lentamente...

Que aperto é esse?
Que vida contraditória!
E dual... e notória.
Que aperto é esse no meu peito?
Será a solidão?
Que cedo ou tarde,
demora...
Ou será a rejeição,
que o meu ego, desola.

A vida é simples,
Mas os homens...
são insatisfeitos.
Que P... de inquietação é essa?!

Eu gosto de mudanças...
mas o romantismo não me permite andança.
Enfim, não vou entrar nesse mérito.
Afinal, uma vez me disseram:
Não leve essas angustias a sério.

(Carolina Dantas)