sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Agora estou em paz,
Finalmente o medo, aos poucos, se desfaz.
Como a neblina do nevoeiro,
que derrepente se desmancha em frente ao desfiladeiro.
Foi por pouco!

Saí daquela tempestade louca!
E com vida!
Com magia!
E alegria! "Cultivada todos os dias".
O desespero passou.

Me perdi e me achei no meio do mato.
Foi a 'cobra' que me deu o recado:
"A 'morte' mostrará a saída".
Mais uma morte, para uma nova vida.

Escrevo, pra não perder o hábito.
Ou por ego... sei lá.
Mas isso não é mais minha terapia.
São só frases soltas,
Mero 'blá, blá, blá",
sem a agonia.

Saí do mato!
Achei a trilha.
Tão fácil como a perdi.
Aliás tão inesperado e derrepente,
como quando saí.
Não foi fácil e nem foi rápido.
Mas agora não faz diferença.
É só passado.

Escrevo meros devaneios...
Só pra não perder o hábito.
A brincadeira com a imaginação.

O tempo é infinito.
O tempo é uma ilusão.
Tudo parece só um sonho...
Que passou... que ficou de 'lição'.

No mato,
No nevoeiro,
Me perdi.
Me achei.
Pelos caminhos que eu mesmo escolhi.
Com ajuda da 'coincidência',
e dos Amigos que nela fiz.

A Águia me deu as respostas.

Tirei minhas dúvidas com a aranha.
Meu proprio medo.
Agora não preciso mais dessa trama.
Nessa teia não vou mais me grudar.
Isso não quero, não desejo.

De volta à estrada eu vou.
A mesma ou não, eu vou
dar no mesmo lugar.
O ponto final não muda.
A tempos escolhi o 'destino'.
De carro, a pé ou de avião,
desse 'lugar' não abro mão.

Não estou mais perdida.
Agora eu conheço as trilhas.
O próprio mato me deu o mapa.
E tudo tomou sentido.
Com o Sol sob a cabeça eu vou,
eu tento, eu vou.
Eu caminho sem sair do lugar.

Vejo essa mata de cima,
a Águia me emprestou seus olhos.
Ainda vejo nevoeiro... vejo embaçado
Meu corpo ainda não se acostumou,
Com essa nova e potente retina.

Mas agora eu tenho o mapa.
E eu sei, ta na trilha,
a paz, por completo, vai vir.
Há de existir.

Mas são só devaneios loucos...
Metáforas...
Afinal são só mais algumas palavras...
E como palavras, são dúbias.
Entende-se o que quizer.
O que ''vier'' ou que ''puder''.

É só pra não perder velhos hábitos...
Agradar a pobre da aranha e sua teia.
Que moribunda, eu sei, vai morrer.

Mas com a ajuda da Águia eu vou,
to indo... e feliz!
Pois agora eu tenho os seus olhos,
este mapa e o Sol.

(Carolina Dantas)

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